Com chuva, todo cuidado é pouco


Por Rodrigo Cozzato

Está aberta a temporada das grandes tempestades, as charmosas e destruidoras chuvas de verão. Assim como a maior parte das cidades da região metropolitana de São Paulo, as rodovias Raposo Tavares e Regis Bittencourt não têm bons sistemas de drenagem e escoamento das águas pluviais, o que causa grandes poças d’água e alagamentos.

Se nessas estradas normalmente deve-se dirigir com muita prudência e cautela por causa da sujeira na pista e pelo excesso de carros, com chuva o cuidado deve ser muito maior. A começar pela distância que se deve manter do veículo que segue à frente. Quanto maior a velocidade, maior a distância. Andar ‘colado’ é para Fórmula 1. Para nós, mortais, é perigoso (e andar ‘no vácuo’ diminui a entrada de ar no motor do carro, podendo causar aumento da temperatura).

Foto: Rodrigo Cozzato

Boca de lobo ou lixeira? Realidade na Raposo

Nunca é demais também lembrar que mudar de faixa repentinamente, sem a devida sinalização, é arriscado tanto para motoristas quanto para motociclistas. A chuva atrapalha a visualização das motos nos espelhos dos carros e, ao mudar de faixa sem prestar atenção, os motoristas acabam surpreendidos com uma moto aparecendo ‘do nada’.

As manobras devem sempre ser premeditadas. Não dá para decidir ir da faixa da esquerda para o seu acesso em 50, 100 metros. A mudança de faixa, principalmente com trânsito intenso, deve ser programada com antecedência, efetuada uma faixa por vez.

Toda prudência também é necessária aos motociclistas. Não dá para trafegar nos corredores a 60, 80 km/h com toda aquela água. Essa velocidade não é segura nem mesmo com pista seca. Se precisar frear em um curto espaço, acredite, a moto não para. Pode ser a melhor superesportiva, ter freio ABS, de nada adianta, a moto não para. O risco de um grave acidente é iminente.

O mais seguro é andar no meio da faixa, ocupando a vaga de um carro, e só utilizar o corredor para fazer ultrapassagens. Além de todo o risco que a chuva traz aos motociclistas, tem-se ainda a viseira do capacete embaçada, a água gelada entrando pela gola da capa (e dando aquele frio na espinha), o ‘spray’ dos carros que vão à frente, e a lama, o barro e as águas sujas das enxurradas, das quais não dá pra desviar.

Por último, e não menos importante, o farol baixo deve estar aceso para que você seja visto de longe. Para as motos, o farol ligado mesmo durante o dia é obrigatório. Prudência, calma e paciência. Vai demorar um pouco mais, mas você vai chegar em casa.

Pitacos

* Todos os equipamentos de segurança do carro são extremamente importantes, mas já que o assunto é chuva, não deixe de checar os limpadores do para-brisa. É só na hora da chuva forte que vemos o quanto são importantes. E não adianta comprar aqueles baratinhos, nos semáforos. Os originais custam um pouco mais, porém, são melhores e duram mais. O ideal é checar se as borrachas estão ressecadas a cada seis meses. Se você utiliza pouco, a dica para que elas não ressequem é jogar água no para-brisa de vez em quando.

* Na chuva, é comum utilizar os desembaçadores dianteiro e traseiro, os limpadores de para-brisa, os faróis e, claro, o rádio, tudo ao mesmo tempo. Para não ficar na mão com a bateria (você só sabe quando ela está ruim quando acaba de vez), procure sempre andar com o carro engrenado, mesmo no trânsito lento. Com o motor girando, o alternador manterá sempre a bateria com carga.

Uma resposta to “Com chuva, todo cuidado é pouco”

  1. Daniel Corrêa Says:

    Salve RC !
    Simples e direto ao ponto, como se deve. O mais difícil é convencer os ‘motoqueiros’ que a distância mantida do veículo da frente é manter a própria vida.
    Aqui em Bauru-SP, dia de chuva como hoje, é certo que o SAMU vai ficar o tempo todo na rua e levando ‘motoqueiros’ aos PAs. São mais de 50 mil ‘Valentino Rossi’ bauruenses.. e o ‘Alex Barros’ aqui, paga o preço com as buzinadas deles.
    Mas faço a campanha da prevenção com quem conheço e com o pessoal da Empresa. Um dia a gente atinge todos.
    Um grande abraço!
    Daniel.

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