Por Rodrigo Cozzato
Dirigindo pela Raposo Tavares dia desses atrás de um Honda Accord V6, percebi que o motorista, após seus afazeres fumígenos, jogou a bituca do cigarro pela janela. Ok, era só uma bituca de cigarro, pequenininha, não ia fazer mal pra ninguém.
Tá. Mas contabilize todas as bitucas jogadas durante o dia e some com todos os chicletes mastigados, papel de bala, garrafas plásticas, guardanapos, embalagens de lanche, jornais e propagandas de semáforo, e tudo mais que você puder imaginar e que, assuma, você joga pela janela. Atire a primeira pedra quem nunca jogou ao menos um comprovante de pedágio, que seja.
Se você não tem esse hábito, parabéns! Mas estou falando com você que tem esse péssimo costume. O lixo jogado pela janela do carro, por menor que seja, causa alagamentos, como os que vimos hoje. Todo esse lixo entope os bueiros e impede o escoamento da água e todo o bla-bla-blá que você está cansado de ouvir. Mas dá de ombros e continua a fazer.
Jogar qualquer objeto pela janela, de acordo com o artigo 172 do Código de Trânsito, dá multa de R$ 85, mais quatro pontos na carteira de habilitação. Mas tal atitude, infelizmente, não é fiscalizada. Particularmente, não conheço ninguém que tenha sido multado por isso.
Em qualquer posto de gasolina ou lava-rápido (ou supermercado), você pode pegar uma sacolinha e guardar tudo o que for descartar de dentro do carro. Quando tudo alaga, não adianta culpar a natureza, o aquecimento global ou as autoridades.
Dessa vez eu vi um Accord V6, mas já vi donos de outros carrões fazerem isso. Chego à conclusão que emporcalhar as ruas e as cidades não tem a ver com status social ou condição financeira. Tem mesmo é com a falta de educação.
Crédito da foto: Futura Press
Deixe um comentário