Por Fernando Pedroso
Quem se lembra dos tempos em que o limite de velocidade da Raposo Tavares era de 100 km/h? Depois de um tempo caiu para 90 km/h. Há algum tempo, procurei a assessoria de imprensa do DER para perguntar o motivo da redução e se da ação havia resultados, como queda no número de acidentes. Fiquei falando com o vento.
Então eu mesmo fiz um teste. De madrugada, com a pista vazia, andei a 90 km/h do km 10, onde a estrada começa efetivamente, ao km 31, próximo de onde moro. O objetivo foi fazer todo o circuito sem pisar no freio e ver se a velocidade era mesmo compatível com a rodovia. Com poucos carros por perto, a maioria mais lenta e com uns poucos retardados bem acima, fiz todas as curvas a 90 km/h sem precisar de grande esforço. Nas retas, me sentia parado naquela velocidade baixa. A única curva que exigiu um pouco (pouco!) de ‘braço’ foi uma que fica no km 27, próxima ao Rancho da Pamonha.
E não pensem que eu estava com um supercarro. Usava um Fiat Siena 1.0, modelo o qual sempre critico a falta de sensação de estabilidade. E tudo isso pra quê? Primeiro que eu realmente não tinha o que fazer. Segundo que quis mostrar para mim mesmo que 90 km/h é muito pouco. E terceiro, entender menos ainda como temos motoristas que andam abaixo dos 90 km/h e, quando chegam em qualquer curva, SOBEM no pedal do freio com os dois pés.
Podem reparar como isso é comum. Há muitos também que pisam no freio na reta e sem ninguém à frente deles. Os chamo de ‘pés de breque’, apelido comum no interior do estado. Os pés de breque são um perigo para outros motoristas, que não esperam aquela freada em uma curva fácil de se fazer, além do fato de causar morosidade e congestionamento, como já disse em um texto anterior. Repito: apenas uma curva, em 21 quilômetros, exige alguma perícia. Vamos moderar o uso do pedal de freio. É bom até para o seu bolso. Economiza pastilhas. Quem discordar, os comentários estão aí para isso. Quem concordar, também.
Acelera, Raposo! 
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