Nota zero para eles

Por Rodrigo Cozzato

Sexta-feira, um belo dum trânsito na Raposo Tavares, só pra variar. E só pra variar também, é incrível o festival de barbeiragens cometidas só porque caía uma chuvinha. Ou a maioria dos condutores não sabem dirigir com a pista molhada ou todo mundo resolveu sair de casa hoje sem bom-senso.

Para começar, na junção do engarrafamento da Raposo com a saída do Rodoanel, uma mudança de faixa sem sinalização e totalmente desnecessária — uma vez que estava tudo parado — fez uma motocicleta com dois ocupantes colidir com um carro. Por sorte, o motociclista seguia bem devagar, mas não conseguiu frear a tempo. Sem danos físicos ou materiais, trocaram um xingamento e cada um foi para o seu canto, bravos um com o outro.

E durante todo o trajeto, um sem-número de manobras arriscadas, mudanças de faixa repentinas e sem sinalização, motociclistas andando a toda velocidade pelo corredor, caminhões na faixa da esquerda, ultrapassagem pelo acostamento. Ufa! Dá até frio na espinha de testemunhar tudo isso!

E ontem à tarde, o campeão da semana. Um motociclista deve ter se confundido todo, mas fez a manobra consciente, colocando em risco a vida e a segurança dele e de todos que trafegavam pelo local: ele acessou o retorno da estrada do Embu pela contramão, no acesso à Raposo sentido São Paulo. Um absurdo.

O leitor José Roberto comentou que o que é mais triste nos textos do Acelera, Raposo! é que o que escrevemos aqui são coisas simples, fáceis e úteis, que qualquer pessoa deveria seguir. Pois é, conduzir um veículo ou uma motocicleta requer mais que habilidade, requer bom-senso e educação. E infelizmente, educação vem mesmo do berço.