Transporte público seria a solução?

Por Fernando Pedroso

Quem mora na região metropolitana, nas cidades abastecidas pela Raposo Tavares, vive um problemão: depender do transporte público para ir trabalhar na capital. Eu, que moro em Cotia, tenho pouquíssimas opções. Uma é pegar a linha que vai até Pinheiros. Os ônibus, de péssima qualidade, estão sempre lotados e param em tudo quanto é ponto. Uma viagem demora horas e é preciso muita paciência.

Há também a possibilidade de pegar o Barra Funda, que até é confortável, mas também vive lotado, é muito caro e passa a cada meia hora. Por ser um ‘carro’ de viagem, não tem estrutura para levar passageiros em pé. Como trabalho no Itaim, procurei saber sobre a linha que faz o trajeto entre Cotia e o bairro paulistano. Seria perfeito, já que o ponto final fica a duas quadras do trabalho.

Procurei o site da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e vi que o ônibus sai da garagem em apenas seis horários, das 5h30 até as 7h30. Quem precisa ir mais tarde ou mais cedo, está perdido. Pelo menos o caminho da volta está garantido até 19h20. Se ficar trabalhando até mais tarde, que peninha.

Fora o transporte local falho. No bairro em que moro, simplesmente não há transporte público. Conheço pessoas que moram em condomínios que ficam a dois, três quilômetros da Raposo. Eu moro a menos de um, e mesmo assim é uma caminhada puxada se estiver chovendo. Fora o risco geral de assaltos. E sem contar o assalto que o passageiro sofre na catraca, já que os preços desses ônibus metropolitanos chegam a ser abusivos.

Uma solução que vejo a princípio é o término da linha do metrô, principalmente a estação da praça MMDC. Se tiver uma linha de ônibus eficiente diretamente para lá, vai ajudar muita gente. A longo prazo, existe o tal do monotrilho, que eu acredito que não vingue. É mais um fura-fila para arrecadar votos, causar transtornos e não se concretizar em nada.

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