Raposo Tavares: o pouco-caso diário


Por Rodrigo Cozzato

Retomo o tema do último texto publicado neste blog sobre a pouca ou quase nenhuma fiscalização sobre veículos de grande porte pelas autoridades no trecho entre São Paulo e Cotia da rodovia Raposo Tavares. Hoje pela manhã, um caminhão quebrado (em péssimo estado de conservação, é bom que se diga), além de um acidente envolvendo carro e moto, complicaram demais a vida de quem utiliza a rodovia até São Paulo. O congestionamento chegou ao quilômetro 34.

Tenho cada vez mais convicção que a Raposo é terra de ninguém. Cada um faz o que quer e a Polícia Rodoviária faz que não vê. Como já disse anteriormente, não estou criticando o trabalho dos patrulheiros rodoviários como um todo. Em diversos pontos do Estado a fiscalização é séria e funciona; o que não dá para entender, entretanto, é por que há tanta vista grossa nesse movimentado e perigoso trecho da Raposo Tavares.

Ontem eu me deparei com uma cena bastante perigosa: uma moça parecia aprender a conduzir uma motocicleta em plena Raposo. De outra moto, um pouco à frente, um rapaz dava as coordenadas, aparentemente “ensinando” aquilo que ela deveria aprender em uma autoescola. Ela não estava aprendendo a trafegar pela rodovia, mas aprendendo a pilotar, uma vez que andava muito lentamente, em zigue-zague, e cortando a frente de alguns veículos. Pergunto: é o local ideal para aprender a guiar?

É evidente que não. Porém, infelizmente, a maioria dos brasileiros só aprende quando dói no bolso. Um caso como o relatado acima devia ser combatido duramente pela Polícia Rodoviária, a motocicleta, apreendida, e se ficasse comprovado que o rapaz estava fazendo as vezes de instrutor, sofrer penalização também. Uma atitude tão irresponsável e inconsequente num domingo à tarde poderia ter causado um gravíssimo acidente, e quem se responsabilizaria por ele?

Some-se a isso aqueles caminhões que carregam terra e que trafegam a velocidades absurdas; fretados, micro-ônibus e lotações quem andam em velocidades idem, como se fossem os donos da rua; motoristas com pouca ou nenhuma habilidade, que conduzem carros velhos, com nenhuma manutenção; e motociclistas pilotando como se estivessem numa pista de corrida. Dá pra somar também sujeira na pista, curvas que exigem perícia, obras que nunca acabam e pronto: o caldeirão da bruxa está pronto para ser servido.

Não dá para tolerar mais esse tipo de atitude. Quem utiliza o trecho urbano da Raposo diariamente já sofre demais com os congestionamentos, e não é justo ainda ter que conviver com motoristas ruins, irresponsáveis e com pouca perícia, nem com “alunos” e “instrutores amadores”.

Uma resposta to “Raposo Tavares: o pouco-caso diário”

  1. Daniel Cotrim Says:

    Bem na frente da policia rodoviária tem um poste deitado no canteiro central.. Precisa dizer mais?

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