Mudar de faixa não adianta nada


Por Rodrigo Cozzato

Existe uma teoria, que é comprovada cientificamente por mim (!), que mudar de faixa no trânsito a todo instante e desnecessariamente não faz com que o motorista ganhe mais tempo nem chegue ao seu destino mais cedo. Pelo contrário, ao ficar pulando daqui pra lá, de lá pra cá, além de se indispor com os motociclistas, o motorista está arriscado a se envolver em um acidente, a levar uma fechada daquele apressadinho que não quer que você passe na frente dele, além de gastar mais combustível com arrancadas e freadas à toa.

Digo que existe essa tese, pois quando estou parado nos intermináveis congestionamentos na Raposo Tavares, sem nada pra fazer além de ouvir o rádio, costumo reparar em alguns veículos “diferentes”, raros, com cores exóticas, como esse Chevette Hatch da foto abaixo. Há tempos não via um tipo desse. Não que seja um baita carrão. Mas em meio ao mar de carros todos iguais produzidos em série nas cores preta ou prata, o hatchzinho conservado se destacava.

Foto: Rodrigo Cozzato

Carros antigos chamam a atenção

Voltando à tese. Observo vários veículos costurando pra lá e pra cá. Esses eu também costumo “marcar”. Quando chego lá no farol da Raposo, no quilômetro 10, o apressadinho está ali por perto, muitas vezes ao meu lado. O Chevette de hoje ia pela faixa do meio enquanto eu ia pela esquerda. Andamos muito tempo um ao lado do outro, por vezes ele se distanciava, mas eu logo o alcançava, e vice-versa. Ou seja, de que adiantaram as arriscadas manobras do apressadinho?

Pois bem, o que vale mesmo é sair de casa mais cedo, dez, vinte minutos, meia hora. Já que temos que sair mesmo, fazer o quê? Se chegar ao seu destino mais cedo, tome um cafezinho, leia as notícias do dia, cumprimente os colegas de trabalho com um bom-dia. O importante é não se irritar — e não irritar os outros —, chegar bem, com tranquilidade e paciência. Ouça música, isso faz muito bem. Pois contra o trânsito, quase nada podemos fazer. Apenas esperar. Dentro do carro.

E com este post eu me despeço do leitor por duas semanas. Trabalhar é bom, mas descansar é melhor ainda. E, claro, longe do trânsito da Raposo Tavares. Durante esse período, deixo você na companhia de Fernando Pedroso, que vai se desdobrar para não deixar você sem notícias. Até a volta!

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