A preferência nem sempre é sua

Por Rodrigo Cozzato

Alguns anos após passar pela autoescola para se habilitar, muitos motoristas se esquecem ou simplesmente desaprendem tudo o que foi aprendido, guardando para si apenas como se conduzir o veículo. A falta de respeito à sinalização é o que mais se vê por aí.

Hoje, voltaremos aos bancos dos CFCs para relembrar uma sinalização importante, mas que é diariamente negligenciada por muitos: dê a preferência. Lembra-se dela? É um triângulo de ponta-cabeça, branco, com moldura vermelha (foto abaixo).

A placa é utilizada para controlar o fluxo que entrará em uma via com preferência de passagem quando há boa intervisibilidade entre os veículos que se aproximam. Ela é comumente vista nos acessos à Raposo Tavares, ou seja: o motorista não tem, tecnicamente, a obrigação de parar para adentrar a rodovia, salvo quando há trânsito na faixa da direita. Nesse caso, a preferência é de quem trafega pela rodovia. O mesmo acontece em praças rotatórias: a preferência é de quem está circulando.

São raros os motoristas que respeitam sinalização de preferência

No caso da Raposo, não é o que se costuma ver. Mesmo com o trânsito lento, sempre há os apressadinhos que entram a toda velocidade sem se importar com quem já está por ali. Tal atitude gera duas situações para quem trafega pela rodovia: ou há uma redução brusca de velocidade, ou a mudança repentina para a faixa central, obrigando também a redução de velocidade para quem vem nessa faixa. Está aí um dos ingredientes para os grandes congestionamentos.

Quer ver um festival de desrespeito a essa sinalização? No retorno/acesso à estrada do Embu. Quem segue no sentido ao Embu, tem a preferência, mas geralmente tem que parar graças aos motoristas mal-educados que simplesmente não veem a placa (ou fingem não ver).

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