Por Fernando Pedroso
Como é comum, o trânsito estava parado na subida embaixo do Rodoanel. Parei atrás de um Gol preto e vi que o motorista se agachou para pegar alguma coisa que caiu no chão do banco do passageiro. Só que ele simplesmente se esqueceu de segurar o carro e eu tive de buzinar muito para que ele percebesse o que estava fazendo. Por sorte, parou o carro a, imagino, milímetros do meu.
Posso citar também uma vez que estava voltando para Cotia e parei no semáforo da rua Reação para pegar a Raposo. Eu era o primeiro da fila na faixa da esquerda e, ao meu lado, uma mulher conversava toda animada com uma amiga dentro de sua Zafira. De onde estávamos já dava para ver o congestionamento no meio da subida inicial da estrada. Por isso, saí devagar, já pronto para parar. Ela não. Acelerou com vontade e só parou na traseira de um Golf.
O primeiro exemplo, por sorte, ficou no quase. O segundo virou um acidente real, que poderia ter sido muito mais grave caso a Zafira tivesse desenvolvido velocidade maior. Os dois exemplos foram causados por pura falta de atenção, atitudes bobas que poderiam ser facilmente evitadas, mas acontecem aos montes.
Estar na direção de um carro exige 100% de dedicação. Eu sei que é difícil ficar horas no trânsito sem fazer nada, mas dirigir é uma atividade muito importante e não pode ser dividida com ações paralelas. Um vacilo pode custar uma vida, até mesmo a sua. Então, que tal deixar para ler aquela revista depois? Por que não parar no acostamento caso alguma coisa muito importante precise ser feita? Basta um pouco mais de atenção.
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