Archive for the ‘Pitacos’ Category

Atitude covarde

05/08/2010

Por Rodrigo Cozzato

Na volta para casa, ontem, deparei-me com mais um acidente de moto, bem no começo da Raposo Tavares, após o segundo semáforo. Havia acabado de acontecer. Ao que tudo indica, uma motociclista se envolveu na batida. Três ou quatro outros motociclistas, solidários, pararam para auxiliá-la.

No entanto, o que chama a atenção é que não havia nenhum veículo parado no local. É  fato que havia um veículo envolvido, uma vez que a moto estava danificada e cacos de lanternas estavam espalhados pelo chão. Mas o carro não estava ali.

Muito provavelmente o motorista não parou para ver o que aconteceu. Temeroso, talvez, em ter causado algum dano físico à motociclista, ou mesmo pelo monte de motociclistas que param em cada acidente, o condutor simplesmente não parou. Preferiu seguir adiante sem preocupar-se com o que acontecera. Uma atitude covarde, convenhamos.

Primeiro que envolver-se em acidente com vítima e não prestar auxílio é omissão de socorro, portanto, crime que fere o artigo 135 do Código Penal, com pena de um a seis anos de prisão ou multa. (No Brasil, no entanto, é raro, raríssimo ver alguém condenado por esse crime) Segundo, que o motorista pode nem ter sido culpado, e são grandes mesmo as chances de isso ser fato, tendo em vista o modo inseguro e irresponsável que muitos motociclistas conduzem suas motos; ainda assim, ele, o motorista, optou por não parar.

Mais do que saber de quem é a culpa, quem causou, quem mudou de faixa, quem não freou, quem não sinalizou; mais do que o Código Penal, a pena, a multa. Estamos falando de seres humanos. De uma vida que estava caída ao chão à espera de socorro. Enquanto motocislistas odiarem motoristas, e o contrário também, dificilmente teremos paz no trânsito.

Ainda sobre a curiosidade

27/07/2010

Por Rodrigo Cozzato

Por volta das 9h de hoje, o trânsito sentido São Paulo na Raposo Tavares travou já no km. 25. Parei num hipermercado e aproveitei para fazer a foto. Pensei comigo: “Hoje não chego ao trabalho”. Ledo engado. O porquê do engarrafamento estava logo à frente, no km. 21. Um acidente com moto. O mais impressionante? O fato ocorrera sentido interior. É que quem seguia sentido capital estava curioso para ver, e aí, sabe como é, né?! A partir dali, o trânsito estava normal.

Foto: Rodrigo Cozzato

Congestionamento na manhã desta terça-feira; mais uma vez, a curiosidade causou filas

Estrada do Embu: a novela continua

22/07/2010

Por Rodrigo Cozzato

Após quase oito meses de obras, finalmente parece que o acesso entre as estradas do Embu e Capuava será reaberto. A rua de quarteirão único desmoronou sobre um hipermercado que fica ao lado em janeiro deste ano em consequência das chuvas. Desde então, o local concentra grande número de caminhões, tratores e máquinas, atrapalhando o já confuso trânsito na região.

A prefeitura e a secretaria de Obras de Cotia prometiam entregar a obra há tempos, mas a data oficial se tornou 10 de julho. Novamente adiada, a rua deveria estar pronta e liberada ontem, 21 de julho. A expectativa é que os carros pudessem passar por lá, nem que fosse à noite. Mas o acesso segue fechado. Hoje pela manhã, operários davam os últimos retoques e limpavam o local.

É possível que a liberação aconteça hoje. Sendo assim, motoristas que trafegam pelo local esperam que os congestionamentos, principalmente pela manhã e à tarde, diminuam.

Foto: Rodrigo Cozzato

Acesso está em obras há quase oito meses

A secretaria de Obras promete ainda a construção de ilhas para separar e organizar o trânsito, semáforos, baias para paradas de ônibus e recapeamento da Estrada do Embu. Tomara mesmo, pois aquela região está abandonada há muito tempo, e a falta de estrutura e os congestionamentos que acontecessem por ali refletem diretamente na Raposo Tavares.

Obras que não acabam nunca

19/07/2010

Por Rodrigo Cozzato

A Raposo Tavares mais parece um canteiro de obras a céu aberto do que propriamente uma rodovia. São “melhorias” para todo canto, e o mais impressionante é que elas, as melhorias, não acabam nunca. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), responsável pelas obras, determinou que o prazo para que a rodovia estivesse pronta seria em julho de 2009. Obviamente não foi concluída. O prazo foi prorrogado para 28 de fevereiro de 2010, e posteriormente para 11 de março. Estamos em julho, e nada mudou.

O que mais tem chamado atenção nas últimas semanas é a construção de muros sob as passarelas de pedestres, obras que têm lá seus questionamentos quanto sua necessidade; porém, o DER se defende dizendo que os muros forçam os pedestres a cruzar a rodovia pelas passarelas. Não fosse o horário em que a empreiteira realizasse a construção do muro, talvez nenhum motorista percebesse. No entanto, muitas vezes a obra é realizada durante o dia, nos finais de semana ou mesmo em dias úteis, conforme relato de Fau Barbosa, do Portal Viva!

Foto: Rodrigo Cozzato

Obras que não acabam nunca atrapalham a vida do motorista

Outro ponto é a falta de manutenção. A rodovia contém muita sujeira encostada ao muro, a maior parte resquícios de acidentes, solas de pneus de caminhões e animais mortos. Tudo isso é um ingrediente a mais para causar acidentes.

É preciso ressaltar que alguns trechos entre os kms. 26 e 31 receberam nova sinalização das faixas. Mas parece pouco perto do que precisa de fato ser feito, como por exemplo melhoria de placas; acessos e saídas de bairros; recuos para pontos de ônibus; recapeamento de asfalto; instalação de obstáculos nas passarelas para evitar acesso a motos; e fiscalização, sempre.

O trecho entre os kms. 10 e 31 é de responsabilidade do DER; a partir dali, a rodovia é privatizada. O que dá a impressão é que o trecho considerado urbano da Raposo Tavares, e de tutela do governo, terá suas melhorias entregues à população às vésperas das eleições. Esses 21 quilômetros, aliás, são um dos poucos em todo o Estado ainda sob supervisão do DER. Uma privatização – e um pedágio – é tudo o que falta para essa região (e tudo o que a população não quer).

A chuva e o semáforo

15/07/2010

Por Rodrigo Cozzato

Além da chuva, que normalmente deixa o trânsito ruim, hoje o usuário da Raposo Tavares se deparou com um problemão: os semáforos do km. 11 deixaram de funcionar. Por conta disso, DER e Polícia Rodoviária bloquearam a faixa da direita no local para “organizar” o trânsito.

Porém, formou-se um megacongestionamento como não se via há muito tempo. As filas começaram no km. 21, pouco antes do Rodoanel, e seguiram até o semáforo. De lá até o início da rodovia, o trânsito fluía sem problemas. Com todo o respeito ao DER e à Polícia Rodoviária, mas não havia o menor sentido em estreitar a faixa no local, pois o acesso da Rua Benjamim Mansur à rodovia sentido São Paulo estava fechado.

A pergunta que fica é: demora tanto assim para resolver um semáforo com problemas? Pois eu fiquei sabendo do problema coincidentemente ao sair de casa, pelo rádio, e cheguei ao local 50 minutos depois, e ainda nada havia sido consertado.

Foto: Rodrigo Cozzato

DER e PR tentaram "organizar" o trânsito, que só piorou

Acabou o patriotismo

06/07/2010

Por Rodrigo Cozzato

Foto: Rodrigo Cozzato

Bandeira caída: patriotismo apenas em época de Copa do Mundo

A foto acima retrata bem o espírito (pouco) patriótico da maioria dos brasileiros. A bandeira brasileira, que antes tremulava orgulhosa em algum carro, agora está caída num canto qualquer da Raposo Tavares, e se junta ao lixo de garrafas, embalagens, bitucas de cigarros, entre outros, que vão entupir os bueiros na próxima chuva.

Está incomodado? Sim, estou!

01/07/2010

Por Rodrigo Cozzato

Parei hoje cedo no posto de combustíveis do Carrefour, na Raposo Tavares. As duas cancelas eletrônicas resolveram dar problema ao mesmo tempo, e logo uma fila se formou. Como de praxe, os espertinhos davam um jeito de furar fila e irem se enfiando na frente de quem já estava por lá.

Quando um funcionário do supermercado apareceu para resolver o problema, eis que ao meu lado para um táxi. Do nada, o motorista deu umas buzinadas alucinadas, nervosas. Meio que num instinto, virei pro lado e tentei conversar com ele. Segue o diálogo:

— Buzinar não vai fazer o cara arrumar mais rápido, amigão!
— É– é… É que eu conheço o rapaz aí na frente.
— Ah, ok. Desculpa aí.
— Por que, você está incomodado?
(Obviamente que sim.)
— Só quis dizer que buzinar não ia adiantar, mas se você conhece o cara, tudo bem.
— É, se eu tiver incomodando, você fala, seu–

A partir daí, o “monólogo” se torna impublicável. Peguei meu cartão de acesso ao estacionamento, dei as costas e deixei o sujeito falando sozinho.

Claro que me incomodei. Quem merece ser atazanado com umas belas dumas buzinadas logo cedo? Tudo bem, tomei conhecimento do motivo, me desculpei, mesmo não compactuando com a situação. Não sou obrigado a concordar com umas buzinadas em alto e bom som por causa de “ver um amigo”. Oras, não percebi nenhum aceno de alguém que estava lá na frente. Menos ainda vi o taxista com cara de quem cumprimentava um amigo.

As pessoas se dispõem a sair armadas de casa logo cedo para matar seus inimigos no trânsito com xingamentos, desaforos, afrontas e atos de machismo. Se o taxista em questão estivesse de fato armado, eu poderia me dar mal. E se eu fosse do mal e também estivesse de fato armado, uma grande duma lambança iria acontecer com certeza.

Curiosidade imbecil

23/06/2010

Por Rodrigo Cozzato

Logo na manhã de hoje, havia um acidente entre dois carros no sentido Cotia da Raposo Tavares, na altura do km. 26, pouco antes da Estrada do Embu. Um acidente simples, aparentemente, sem vítimas, apenas dois carros, com poucos estragos. Fica mesmo a dor de cabeça para os proprietários.

Porém, o que chama atenção, como sempre, é a curiosidade imbecil, estúpida e sem sentido de 99,9% dos motoristas que passam pelo local. Mesmo que fosse um acidente grave, não há motivo para parar o carro e ver o que aconteceu. Diminuir a velocidade é correto, para evitar novos acidentes. Agora, parar para ver… é o cúmulo.

Na pista do acidente, em virtude da interdição da faixa, havia congestionamento de dois quilômetros, aproximadamente. Na outra pista, no entanto, um quilômetro de filas sem o menor sentido, sem a menor razão. Culpa da curiosidade.

Foto: Rodrigo Cozzato

Curiosidade dos motoristas provoca congestionamentos

Uma foto

02/06/2010

Por Rodrigo Cozzato

Foto: Rodrigo Cozzato

Carga perigosa: caminhão circula na Raposo Tavares com uma enorme caixa d'água. A carga, segura apenas por cordas, balançava para todos os lados. Já o caminhão soltava uma espessa fumaça. Fiscalização?

Em caso de emergência, quebre a cabeça

20/04/2010

Por Fernando Pedroso

Podem me chamar de chato, repetitivo e tudo o mais que quiser, mas volto a falar que o maior problema da Raposo Tavares não é o excesso de veículos e sim o excesso de lerdos que se acham os donos da rodovia. Pode parecer um problema pequeno, mas não quando se precisa da rodovia em um caso de emergência.

No sábado, precisei levar minha irmã para um hospital. Como o sistema de saúde de Cotia não é nada confiável, com hospitais de péssimo atendimento e serviço, fui direto para São Paulo. Sou contra o excesso de velocidade e tenho plena consciência dos riscos, mas num caso como esse, o que a gente mais quer é chegar ao destino.

Pois bem, com os faróis acesos, pedindo passagem, pisca alerta, buzina. Nada faz o “dono” da faixa da esquerda se tocar. Ele está lá, achando que é uma autoridade de trânsito e que me deixar passar seria assinar um atestado de trouxa. “Vou dar uma lição nesse apressadinho”, “Estou no limite de velocidade e não dou passagem” e outros tipos de pensamento é o que mais vejo e leio por aí.

Por isso sempre digo: na dúvida, deixe passar. Você nunca sabe qual é o motivo da correria. Pode ser algum apressadinho querendo se aparecer, mas também pode ser alguém com uma emergência. Deixe passar. Não atrapalhe o trânsito. Faixa da esquerda é para ultrapassagem e isso está na lei. Andar a 90 km/h é na faixa central, infelizmente ocupada por motoristas a 50, 60 km/h.

Temos de lembrar que a Raposo Tavares é uma rodovia e não uma avenida. A velocidade constante deve ser alta sim. Quem acha arriscado, não está apto a dirigir lá. Quem acha normal trafegar devagar em uma rodovia, deveria ficar restrito aos centros urbanos. Isso é falta de preparo e ensino das autoescolas. Mas aí o problema é mais em baixo e não cabe nesta discussão. Tudo isso só nos resta acreditar que, em caso de emergência, não conte com a Raposo Tavares e seus usuários.

Bom, quanto à minha irmã, foi uma crise de dor causada por pedra na vesícula. Só quem já teve alguma coisa do tipo ou nos rins sabe a dor que isso causa.