Por Rodrigo Cozzato
Na próxima quinta-feira, 1º de julho, os motoristas passarão a desembolsar mais dinheiro para trafegar pelas estradas paulistas. Isso porque a tarifa dos pedágios sofrerá reajuste que varia entre 4% e 5%, aumento com base no IGP-M e IPCA.
A praça de cobrança mais cara do Estado é a do sistema Anchieta-Imigrantes, que passará de R$ 17,80 para R$ 18,50. A tarifa do Rodoanel Oeste passará de R$ 1,30 para R$ 1,35.
Outros locais chamam atenção em virtude do alto preço. É o caso de Araraquara, na rodovia Washington Luis, que custará R$ 11,25, e Rio Claro, na mesma rodovia, com tarifa de R$ 12,05. Na página da Artesp é possível checar todos os valores.
Incapacidade administrativa
São Paulo é o Estado com o maior número de praças de pedágio do País. Tem, aliás, mais pedágios que o Brasil inteiro (160 pontos de cobrança; no restante do território nacional, são 113).
Desde 1998, ano em que começaram as privatizações das rodovias estaduais, as estradas paulistas ganharam 112 pedágios. É inegável que a qualidade e a segurança das rodovias melhoraram, e quem ganha com isso é o usuário. São telefones de socorro, ambulâncias e guinchos, pessoal especializado, enfim, uma série de melhorias.
No entanto, o que se paga por isso é abusivo, tendo em vista a quantidade de impostos que o cidadão já recolhe habitualmente. Isso claramente é reflexo da incapacidade e da incompetência administrativa dos últimos governos estaduais em gerir aquilo que era público, como as estradas, a telefonia, instituições financeiras, entre outros.
Novamente, não dá pra negar a melhoria desses serviços se os compararmos, por exemplo, com a saúde pública. Mas o cidadão paga muito por isso, e não há a quem reclamar. Quer viajar? Pague. E pague caro.