Posts Tagged ‘pedágio’

Pedágios paulistas sofrerão novo reajuste

29/06/2010

Por Rodrigo Cozzato

Na próxima quinta-feira, 1º de julho, os motoristas passarão a desembolsar mais dinheiro para trafegar pelas estradas paulistas. Isso porque a tarifa dos pedágios sofrerá reajuste que varia entre 4% e 5%, aumento com base no IGP-M e IPCA.

A praça de cobrança mais cara do Estado é a do sistema Anchieta-Imigrantes, que passará de R$ 17,80 para R$ 18,50. A tarifa do Rodoanel Oeste passará de R$ 1,30 para R$ 1,35.

Outros locais chamam atenção em virtude do alto preço. É o caso de Araraquara, na rodovia Washington Luis, que custará R$ 11,25, e Rio Claro, na mesma rodovia, com tarifa de R$ 12,05. Na página da Artesp é possível checar todos os valores.

Incapacidade administrativa
São Paulo é o Estado com o maior número de praças de pedágio do País. Tem, aliás, mais pedágios que o Brasil inteiro (160 pontos de cobrança; no restante do território nacional, são 113).

Desde 1998, ano em que começaram as privatizações das rodovias estaduais, as estradas paulistas ganharam 112 pedágios. É inegável que a qualidade e a segurança das rodovias melhoraram, e quem ganha com isso é o usuário. São telefones de socorro, ambulâncias e guinchos, pessoal especializado, enfim, uma série de melhorias.

No entanto, o que se paga por isso é abusivo, tendo em vista a quantidade de impostos que o cidadão já recolhe habitualmente. Isso claramente é reflexo da incapacidade e da incompetência administrativa dos últimos governos estaduais em gerir aquilo que era público, como as estradas, a telefonia, instituições financeiras, entre outros.

Novamente, não dá pra negar a melhoria desses serviços se os compararmos, por exemplo, com a saúde pública. Mas o cidadão paga muito por isso, e não há a quem reclamar. Quer viajar? Pague. E pague caro.

Impostos, pedágios e Big Brother: o que você tem com isso?

31/03/2010

Por Rodrigo Cozzato
Foto: Milton Michida/Portal Governo de SP

O assunto discutido neste texto parece não ter a ver com rodovias, mas tem. Indiretamente, mas tem. Ao fazer a declaração de imposto de renda, vi uma coisa que já sabia há algum tempo: preciso trabalhar uns quatro, cinco meses do ano apenas para pagar o fisco e o INSS. E você também.

Revoltante, mas não para por aí. Há ainda impostos embutidos no combustível, nas parcelas do financiamento, na camisa e na calça, no telefone, no arroz e feijão de todo dia, na hora de pagar a conta no restaurante, no cafezinho e onde mais sua imaginação alcançar.

Aqui o paralelo com as rodovias começa a ser traçado: os pedágios. É indiscutível o quanto as rodovias — pelo menos em São Paulo — melhoraram após as privatizações. Porém, o que não dá para concordar são os preços abusivos que as concessionárias praticam sem o menor controle por parte dos governantes. Isso se estende a outras concessões, como, por exemplo, a telefonia.

Estamos às vésperas da inauguração de um belo trecho do Rodoanel. Sem dúvida irá tirar muitos caminhões do pesado trânsito diário paulistano. Mas a pergunta é: quando os pedágios entrarem em operação a todo vapor, os caminhoneiros irão mesmo utilizar o anel viário?

Foto: Milton Michida

Pedágios poderão afastar caminhões do Rodoanel

A não cobrança de pedágio no Rodoanel foi uma das promessas do então governador e idealizador da obra, Mário Covas. Seu sucessor, Geraldo Alckmin, e o sucessor dele, José Serra, seguraram essa bandeira até verem que dali dava para fazer uma imensa usina de dinheiro.

A cobrança começou com R$ 1,20; hoje, custa R$ 1,30. De grão em grão, o governo vai aumentando, repassando para os usuários, e, sem mais nem menos, a cobrança está nas alturas. Estima-se que o Rodoanel custará R$ 6. A conta é fácil de fazer. Multiplique R$ 6 por cinco, seis eixos da maioria dos caminhões e diga se 100% das empresas de transporte irão aderir ao anel viário. E os pedágios não param por aí. Se parte do dinheiro arrecadado fosse investido em transporte público, aí sim poderíamos começar a discutir redução de veículos na rua. Do contrário, fica difícil.

Tanto imposto, tanto tributo… É revoltante. Tal qual a inércia da população, que não faz nada para mudar esse panorama. O que fazer? Pensar melhor na hora de apertar o “confirma” no dia da eleição. Ora, se os 150 milhões de brasileiros que votaram para escolher quem seria o vencedor do Big Brother Brasil se juntassem, poderiam dar outro rumo para este país, não é mesmo? Pense nisso!

Rodoanel: quer retornar? Pague

23/03/2010

Por Fernando Pedroso

Pela proximidade com a Raposo Tavares, me sinto à vontade para falar também do Rodoanel Mário Covas. Acho que muita gente já sabia disso, mas para mim é uma novidade, então tomo a liberdade de me indignar só agora.

Eu sei que todas as saídas do anel viário são pedagiadas há um tempo, incluindo o acesso a Osasco e Carapicuíba, mas como nunca uso ali, não conhecia que a cobrança é feita também para quem só quer fazer um retorno e continuar no Rodoanel. Sim, isso mesmo.

Eu estava indo no sentido da Castello Branco, quando tive de retornar para a Raposo Tavares. Entrei no retorno e já dei de cara com o pedágio. Desembolso R$ 1,30, volto e, na saída, mais R$ 1,30. Volto para o Rodoanel e mais R$ 1,30 para pegar a Castelo Branco.

É muita ganância da CCR e do governo do Estado de São Paulo cobrar para quem quer fazer um simples retorno. Um absurdo completo. Como já disse em outro post, parece que tudo é feito para prejudicar o contribuinte e encher os bolsos de grandes empresas e governantes. Só pode ser isso.

Outra coisa que espero saber é como ficarão as cobranças do Rodoanel depois de pronto o trecho sul. Se ficar mesmo na casa dos R$ 6, o preço será o mesmo para todos os trechos? Quem acessar o anel viário na Raposo e sair logo na Castello ou na Régis irá pagar o mesmo que aquele que percorrer todo o percurso?

Caminhão para a Raposo. De novo

02/03/2010

Por Rodrigo Cozzato

Mais uma vez a Raposo Tavares foi aterrorizada por um peso-pesado. Na segunda-feira, 1/3, por volta das 14h30, um caminhão carregado de um pó branco tombou no quilômetro 21, sentido interior, logo após o Rodoanel. A “brincadeira” causou um congestionamento gigantesco, que às 18h começava já no quilômetro 10. É o segundo acidente envolvendo um caminhão em quatro dias.

Moradores de Cotia levaram em média duas horas para percorrer os 11 quilômetros de congestionamento. O caminhão mais sua carga ocupavam duas faixas, deixando apenas a da esquerda livre. Não houve vítimas nem outros veículos envolvidos.

Este blog tem questionado as condições em que os caminhões trafegam pela Raposo, seja o estado de manutenção dos veículos, a velocidade empregada ou as condições físicas e psicológicas dos motoristas. A desculpa é sempre um freio que não funcionou, uma fechada, a perda do controle da direção. Mas a verdade é que não há uma fiscalização rigorosa sobre os veículos grandes, como ônibus, caminhões e micro-ônibus, os dois últimos em especial.

Além disso, esses caminhões muitas vezes trafegam pelas ruas e avenidas estreitas dos bairros, desviando do pedágio do Rodoanel. Na Estrada do Embu, por exemplo, é comum ver grandes carretas passando por ali para não pagar o R$ 1,30/eixo do anel viário.

A foto abaixo mostra um caminhão bem grande, com uma carga maior ainda de rodas. Ele trafegava pela avenida Eliseu de Almeida, na região do Butantã, sentido Régis Bittencourt, ao passo que poderia estar no Rodoanel.

Foto: Rodrigo Cozzato

Caminhão na av. Eliseu de Almeida; veículos grandes cortam pedágio do Rodoanel

Pedágio

Quando ficar pronto, especula-se que o pedágio no Rodoanel custará em torno de R$ 6. Um caminhão com cinco eixos, por exemplo, pagará R$ 30, além dos outros pedágios por aí. Ou seja, os caminhoneiros só utilizarão o Rodoanel se forem obrigados. Do contrário, continuarão a desviar pelas ruas e avenidas dos bairros. É preciso que autoridades e Governo pensem em formas para viabilizar a utilização do anel viário.

Este blog defende que a utilização do Rodoanel seja cobrada apenas para veículos de passeio, por um valor menor, não os R$ 6 que se especula. E que seja gratuito para caminhões, ou a cidade de São Paulo não se verá livre dos pesos-pesado tão cedo.