Por Rodrigo Cozzato
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Dia mundial sem carro
22/09/2010Trânsito bom mesmo com chuva
13/07/2010Por Rodrigo Cozzato
A Raposo Tavares é uma rodovia que para por qualquer motivo. Seja um carro parado no acostamento por um pneu furado, por um ônibus desembarcando passageiros, por acidentes, pela curiosidade pelos acidentes, pelas manobras muitas vezes perigosas, por carros lentos na faixa da esquerda e pelos velozes na direita; a Raposo sempre para.
Quer adicionar um ingrediente voraz em tudo isso? A chuva. Nem precisa ser uma chuva torrencial, bastou uma garoa para todo mundo diminuir a velocidade, meter o pé no freio e causar uma série de acidentes pequenos, engavetamentos, o que piora de vez os congestionamentos.
Pois hoje cedo a região metropolitana de São Paulo acordou com chuva após quase dois meses de estiagem. Para temor dos motoristas mais atentos, que logo pensaram no imenso trânsito que iam enfrentar logo cedo, isso não aconteceu. Mesmo na Raposo Tavares.
Às 9h, havia pontos de lentidão entre o Rodoanel e o acesso à Avenida Politécnica. O trânsito parava mesmo a partir do km. 14 por causa do excesso de carros e os semáforos. Nada de anormal aí. Mesmo em São Paulo, o índice de congestionamento era baixo para o horário. Uma explicação para isso talvez seja o período de férias escolares.
Agora, é torcer que a volta para a casa também seja tranquila, uma vez que há previsão de que a chuva continue durante o dia.
Peculiaridades do dia a dia (1)
13/05/2010Por Rodrigo Cozzato
Estreamos hoje a seção Peculiaridades do dia a dia, que trará um pequeno texto sobre nossa observação do trânsito diário e de suas peculiaridades, pequenas barbeiragens que podem se transformar em acidentes.
Dia desses vi uma Meriva na rua Reação, logo após deixar a Raposo Tavares. Trânsito pesado, fui acompanhando e reparando nas atitudes do motorista. Ele costurava de lá pra cá, de cá pra lá, cortava a frente dos outros repentinamente, tudo isso sem dar seta. E sempre chegávamos juntos aos semáforos, mesmo eu conduzindo na minha faixa.
O mais engraçado é que no vidro traseiro havia adesivos da Rádio USP e de uma ONG que preza pelo ar puro e pelo meio ambiente, além de uma cadeirinha de bebê no banco traseiro. Um carro novo, caro, com adesivos que incitam um poder aquisitivo cultural relativamente grande, e uma cadeirinha, nos levam a pensar que o motorista teria mais prudência no volante. Ledo engano.
O problema da Raposo não é a Raposo
05/05/2010Por Rodrigo Cozzato
Há meses vemos obras intermináveis e não concluídas na Raposo Tavares. Muitos as chamam de “perfumaria”, que não vão resolver os problemas dos congestionamentos de fato. Porém, o problema maior não é a falta de pontos de ônibus, de recuos, acostamentos, etc.; é o que está ao lado da rodovia.
Pela manhã, no sentido São Paulo, é possível notar que o trecho sul do Rodoanel conseguiu desafogar o tráfego pesado de caminhões, mas ainda assim se vê pontos de lentidão justamente em acessos e saídas da Raposo.
É o caso da subida logo após o acesso à estrada do Embu. Caminhões pesados saem daquele trecho e, logo na subida, enfrentam dificuldade para desenvolver maior velocidade. E tem os “apressados”, caminhões a 30 km/h que vão para a faixa do meio para ultrapassar outro que está a 25 km/h. Em meio a isso, há as lotações, micro-ônibus, carros, motos, que se misturam e complicam ainda mais a lentidão.
Mais à frente, há outros dois trechos parecidos. A saída do Rodoanel, que costuma travar pela manhã, e o acesso à avenida Politécnica. Vários carros que vão acessá-la trafegam pela faixa da esquerda, e só vão para a direita em cima da hora.
Na volta para casa, à noite, a cena se repete. Primeiro, a saída do Jardim Peri-Peri. À frente, no quilômetro 14,5, há um acesso para diversos bairros da Zona Oeste. Quem precisa entrar ali, muda de faixa em cima da hora. O acesso ao Rodoanel mais uma vez complica o trânsito, que para de vez na subida do quilômetro 22; não é raro ver caminhões nas três faixas em plena subida, um querendo ultrapassar o outro. Ali o congestionamento passa dos dois quilômetros.
Outros acessos, como para os condomínios do quilômetro 26,5, a estrada Fernando Nobre e o retorno do quilômetro 30, também tiram a paciência do motorista, mas o que tem se mostrado realmente insuportável é o acesso à estrada do Embu, no quilômetro 26. O congestionamento para acessar a estrada ou fazer o retorno muitas vezes chega a três, quatro quilômetros.
Logo ao acessar a estrada do Embu, há uma rua interditada ao lado de um hipermercado, que foi destruída pelas chuvas de janeiro. Essa rua dava acesso à estrada do Capuava, que tem diversos condomínios.
O desabamento da rua começou a ser recuperado, mas a obra, que não termina nunca, se soma a um sem-número de carros e motos, ônibus e lotações que param no meio da rua, um cruzamento sem qualquer sinalização, a entrada e saída de veículos no hipermercado e, principalmente, grandes caminhões que acessam ou vêm da Régis Bittencourt para não pagar pedágio no Rodoanel. No sentido bairro/Raposo o congestionamento às 18h30 passa dos dois quilômetros. Sem contar o asfalto da rua, que é péssimo.
Claramente, fica evidente que o problema da Raposo Tavares não são as curvas, as subidas, as três faixas, mas sim as vias de acesso à rodovia, que despejam um número absurdo de veículos de todos os tamanhos, complicando demais o já caótico trânsito, que não absorve a demanda. Há também os incontáveis condomínios que aparecem à beira da Raposo da noite para o dia. Mas esse é um outro assunto…
Uma foto
22/04/2010Por Rodrigo Cozzato
Rodovia Raposo Tavares, 21 de abril de 2010, 6h. Num horário em que costuma haver tráfego pesado nesse mesmo local e horário, no feriado de Tiradentes, dava para contar nos dedos de uma mão os carros e caminhões que passavam por ali. Foi assim o dia todo, exceto no fim da tarde, quando as filas voltaram a tomar conta da rodovia.
Uma foto
07/04/2010Por Rodrigo Cozzato
O que esse caminhão estava fazendo na faixa da esquerda? Será que estava com tanta pressa? O “motorista” não sabe que caminhões, como o dele, devem trafegar na faixa da direita, e que há velocidades diferentes para carros e caminhões? Sim, ele devia estar com pressa, pois, mesmo com o trânsito fluindo, ele andava grudado em mim.
A segunda-feira começou feia
05/04/2010Por Rodrigo Cozzato
Uma segunda-feira no mínimo para se esquecer. Ou para se tirar lições. Mesmo com o tempo instável, saí de casa de moto, mas com bastante antecedência, prevendo encontrar trânsito ruim. Como diz o ditado popular “melhor prevenir do que remediar”, infelizmente eu estava certo.
Vi três acidentes. O primeiro, envolvendo carro e moto no quilômetro 20. Um casal de motociclistas esperava o atendimento médico deitado em meio a um mar de veículos e motos “nervosos”. No acesso à Politécnica, havia uma pessoa morta sobre a calçada, provavelmente vítima de atropelamento. Um pouco mais à frente, no quilômetro 16, outro acidente envolvendo dois carros e uma moto. Para finalizar, sentido interior, um carro se perdeu na curva do quilômetro 12, bateu no guard rail e rodou na pista.
Por que tirar lições? Porque o trânsito nos ensina dia a dia o quão perigosa é a Rodovia Raposo Tavares, mas há milhares de pessoas que insistem em não aprender. Motoristas e motociclistas impacientes com o congestionamento que se forma com o acidente que está logo ali à frente.
Pior são os que, ao passarem pelo acidentado, aceleram a toda para recuperar o tempo perdido. Oras, de tudo o que esse trânsito nos ensina, a lição mais valiosa que todos deveriam aprender é sair de casa mais cedo. Se não encontrarem problemas pelo caminho, vão chegar adiantado ao trabalho; qual o problema nisso? Sem paciência e tolerância, o melhor a fazer é ficar em casa.
Como ficar indiferente?
22/03/2010Por Rodrigo Cozzato
De volta após duas semanas de férias. Estive em dois Estados diferentes na primeira parte da viagem, e no interior de São Paulo na parte final. Muitos quilômetros rodados de avião, trem e carro.
Mesmo longe e procurando descansar a todo custo, não tive como me desligar por completo do que estava acontecendo. Jornalista que sou, pelo menos uma vez ao dia procurava saber as principais notícias na internet.
E foi por ela que fiquei sabendo que um assassino dirigiu pela contramão na Raposo Tavares e despedaçou uma família ao meio. Vi também que outro assassino, bêbado, adentrou um parque em que as pessoas vão para se divertir em Carapicuíba e despedaçou outra família. E por último vi que um assassino frio despedaçou mais uma família ao matar Glauco e o filho dele.
Outros casos de violência, principalmente no trânsito, me chamaram a atenção. Mas separei os três em especial, pois estão perto de mim, de uma forma ou de outra. Apesar de não conhecê-lo pessoalmente, o trabalho do Glauco está muito próximo ao meu. Não conheço a família de Carapicuíba, mas imagino, por um segundo, a dor de um pai perder o filho. E o da Raposo, está intimamente perto. Perto da minha casa, perto dos meus amigos, da minha família.
O local onde o irresponsável matou marido e mulher; minha esposa utiliza aquele retorno diariamente. Minha irmã, cunhado e sobrinho, assim como muitos amigos, passam ali todos os dias. Eu também. Poderia ter sido um de nós.
Voltei da primeira parte da viagem num sábado. Minha irmã foi buscar minha esposa e eu no aeroporto, e chegou uns 30, 40 minutos depois do combinado, pois a Raposo estava parada em pleno sábado à noite. Na volta, novamente um trânsito nervoso, e por pouco não nos envolvemos num quase acidente, em que um motociclista foi brutalmente fechado por um carro. Uma bela recepção, esta.
Voltei da segunda parte da viagem numa quinta à noite. Antes de ir pra casa, fui até Interlagos, dando carona a um tio de minha esposa. Ao parar num semáforo vermelho numa faixa de pedestres, o motorista atrás buzinou e deu farol alto, esbravejando e exigindo que eu furasse o farol. Mais uma vez, um trânsito nervoso. Outra bela recepção.
Não, eu não estava com saudades daqui. Passei por diversas cidades nas quais vi de perto o que é gentileza no trânsito. Pessoas com paciência, com educação, que se importam em deixá-lo passar na frente. E eu nem era turista, pois estava com um carro cuja placa era da cidade.
Pra fechar com chave de ouro, numa sexta-feira, um motorista resolveu tombar um caminhão carregado de ácido bem numa reta do Rodoanel, num trecho em que não se tomba. O resultado todos conhecem.
Esse trânsito, essa intolerância, toda essa falta de educação me cansam. Voltei de duas semanas muito bacanas de férias e já me sinto cansado, estressado por apenas um dia de um trânsito muito ruim.
Muitas coisas poderiam ser facilmente evitadas se as pessoas utilizassem um pouco mais de sua inteligência. Essas mortes, no trânsito ou em casa, certamente seriam evitadas. O mundo seria muito melhor sem esse monte de gente imbecil. Desculpe-me pelo desabafo, mas não tem como ficar indiferente.
A região cresce, mas a Raposo…
10/03/2010Por Fernando Pedroso
Foto: Rodrigo Cozzato
Ontem falei aqui sobre as melhorias que estão sendo aplicadas na Rodovia Raposo Tavares. Elas são muito bem-vindas, pois podem ajudar a melhorar um pouco o trânsito na estrada, mas para o fluxo atual de veículos. O problema é que ele vai crescer bastante nos próximos meses. O crescimento da região veio nos anos 80 com a invasão da Granja Viana por grandes condomínios de casas, que trouxeram algumas centenas de famílias para morar por ali.
Agora o fenômeno é parecido, mas o cenário é bem pior. Na primeira leva de novos moradores, a Raposo Tavares ganhou uma faixa extra em cada sentido. Agora ela não tem mais para onde crescer e é esperada a entrega de milhares de apartamentos ao longo da rodovia. É um empreendimento novo surgindo após o outro e sempre com quatro ou cinco espigões.
Ao lado do Shopping Raposo, por exemplo, os cinco prédios daquele novo condomínio começarão a ser entregues. O shopping está crescendo para receber seus novos clientes. E a estrada? Vai ter de aturar mais incontáveis carros. Será que não é preciso ter um controle desses novos imóveis? E a propaganda deles, ninguém vê que é enganoso dizer que dali a dez minutos ele estará na Marginal Pinheiros? Que qualidade de vida eles vendem à beira de um dos acessos mais congestionados da capital?
Só uma perguntinha
12/01/2010Por Fernando Pedroso
O que justifica a atitude do motorista de um Chevrolet Celta prata, que andava devagar na faixa da esquerda na altura do km. 29 por volta das 19h, não cedeu passagem quando pedi e ainda acelerou quando fui passar pela direita?
E antes de mais nada, gostaria de esclarecer que não havia ninguém na faixa do meio e por isso passei por ali. Fora que vale muito mais a pena cometar uma infração assim, com segurança, do que aturar um ignorante. Sorte é que meu carro anda mais do que o dele e consegui completar a ultrapassagem, apesar de o nosso amigo ter vindo atrás de mim com o farol alto ligado. Precisamos de um trânsito mais gentil mesmo.