Por Fernando Pedroso
É impossível nesta época do ano não bater na tecla de como dirigir na chuva. A Raposo Tavares não tem um sistema de drenagem decente. Basta cair uma pancada como a de quase todas as tardes e noites para termos uma espessa lâmina de água na pista. Tem sempre pontos em que a chuva cria enormes poças.
E é por isso mesmo que os motoristas devem tomar um cuidado extremo ao dirigir nessas condições. Ontem, por volta das 20h30, enfrentei um temporal até atípico, mesmo em janeiro. A estrada estava cheia, mas com o trânsito andando. A lista de absurdos que vi começa pelo veículo logo atrás de mim, andando colado e somente com as lanternas acesas. Virar um pouquinho mais o botão e acender os faróis deve dar um trabalho danado. Manter distância, então, dá até preguiça.
Depois tem os apressadinhos, que querem correr sem ter fluxo e nem condições de asfalto e visibilidade. O camarada quer costurar de qualquer jeito. Reparem que nunca é “A” camarada, pois barbarizar no trânsito é sinônimo de masculinidade para alguns.
Por outro lado, tem os que vão devagar demais, travando o trânsito sem necessidade. Tudo bem que a velocidade deve ser reduzida, mas não tanto. E o pior de tudo é quando o “lerdonildo” avista uma poça d’água e taca o pé no freio. Isso pode causar aquaplanagem, que é quando os pneus ‘sobem’ na lâmina de água e o carro fica fora de controle. E o risco não é só dele, pois quando se freia, acaba obrigando quem vem atrás a fazer o mesmo.
Então, vou passar algumas dicas, e espero ver todo mundo seguindo hoje na volta do trabalho, pois vai chover de novo:
– Mantenha uma velocidade constante. Entre 70 km/h e 80 km/h já é o suficiente para passar pelos alagamentos com segurança, desde que seu carro esteja em condições. Mas está, não é!? Se não estiver, nem saia com ele;
– Tenha sempre as palhetas dos limpadores do para-brisas em dia;
– Ao ver uma poça grande ou alagamento até a metade da roda, engate uma marcha baixa, a terceira, por exemplo, e passe pela água com aceleração constante. Não diminua o ritmo e nem tente mudar de marcha durante a travessia;
– Em hipótese alguma use o freio ao passar por grande volume de água. Se a velocidade está baixa, não há necessidade;
– A maior parte das poças se formam na faixa da esquerda, característica esquisita da nossa estrada. Se não tiver segurança de enfrentá-las, prefira as faixas centrais e da direita;
– Se, mesmo com todas essas dicas, não sentir segurança para trafegar, pare e espere a chuva diminuir.
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